Leitura Bíblica: Isaías 9:1-7; Mateus 4:15-16; Lucas 1:32-33
Versículo-chave: “Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6 NVT)
O profeta Isaías desempenhou seu ministério num tempo marcado por intensa instabilidade política e decadência espiritual no Reino de Judá. Enquanto o Reino do Norte, Israel, estava à beira de ser devastado pela Assíria, o Reino do Sul enfrentava suas próprias pressões externas e uma crescente crise espiritual interna. É este o cenário de Isaías 9: em meio a um ambiente carregado de temor, opressão e densas trevas, ergue-se uma promessa de esperança.
“Esse tempo de escuridão e desespero, no entanto, não durará para sempre. A terra de Zebulom e de Naftali será humilhada, mas no futuro a Galileia dos gentios, localizada junto à estrada entre o Jordão e o mar, se encherá de glória. O povo que anda na escuridão verá grande luz.” (Isaías 9:1-2 NVT)
O profeta menciona duas regiões específicas – “Zebulom e Naftali” – terras que foram as primeiras do Reino do Norte a sentir o impacto dos ataques assírios e a sofrer opressões contínuas. A expressão “Galileia dos gentios” evidencia essa realidade: Zebulom e Naftali tornaram-se uma região mesclada, com forte presença de gentios. Embora desprezadas pelos judeus de Jerusalém, foi justamente ali que Deus decidiu revelar primeiramente a luz do Messias: o povo que andava na escuridão, veriam grande luz!
Essa promessa não se restringe ao contexto da época, mas aponta profeticamente para a vinda de Cristo. Em Mateus 4:15-16 a profecia de Isaías é aplicada diretamente ao início do ministério de Jesus na Galileia:
“Na terra de Zebulom e Naftali, junto ao mar, além do rio Jordão, na Galileia, onde vivem tantos gentios, o povo que vivia na escuridão viu uma grande luz, e sobre os que viviam na terra onde a morte lança sua sombra, uma luz brilhou.”
Isaías também descreve quem seria essa luz prometida:
“Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6 NVT)
A relação entre “menino” (natureza humana) e “filho nos foi dado” (natureza divina) revela a identidade única do Messias. Os títulos atribuídos a Ele revelam sua Pessoa e missão. “Maravilhoso Conselheiro” destaca sua sabedoria perfeita (Isaías 11:1-5). “Deus Poderoso” confirma sua divindade e força (Isaías 40:9-11). Ele é também a fonte da vida eterna – “Pai Eterno”; e o “Príncipe da Paz”, expressão que resume a essência de seu governo – não apenas ausência de conflitos, mas plenitude, prosperidade e harmonia. O Filho é o verdadeiro Príncipe, aquele que possui o direito legítimo de reinar e de instaurar a paz. Os quatro títulos, portanto, reúnem aspectos da divindade e da humanidade de Jesus, afirmando sua dupla natureza: Deus-Homem.
Isaías também apresenta o Reino eterno do Messias:
“Seu governo e sua paz jamais terão fim. Reinará com imparcialidade e justiça no trono de Davi, para todo o sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará que isso aconteça!” (Isaías 9:7 NVT)
Seu domínio será estabelecido sobre o trono de Davi, e seu Reino será sustentado e preservado com justiça e retidão. O profeta ressalta que tudo isso se cumprirá pelo “zelo do Senhor dos Exércitos”. Assim, Isaías 9:1-7 apresenta um retrato abrangente do Messias e de Seu Reino, uma mensagem que ilumina tanto o passado quanto o futuro e oferece ao povo de Deus a certeza inabalável de que a luz prevalece sobre as trevas, e que o Príncipe da Paz governará para sempre!
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